O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) subiu nesta quarta-feira (4) a meta para a taxa básica de juros (Selic) em mais 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
A Selic alcança assim seu nível mais alto desde o início de 2017. Vale notar que a trajetória de alta da Selic começou em março de 2021, quando a taxa básica ainda estava em 2% ao ano, nível mais baixo desde que o regime de metas de inflação foi adotado pelo país no fim dos anos 1990.
Mesmo com os constantes aumentos a inflação ainda não dá sinais de queda, com o IPCA nos últimos 12 meses até março acima de 11%, e as projeções de inflação se distanciando das metas de 3,50% para 2022 e de 3,25% para o ano que vem, estando respectivamente em 7,89% e 4,10%, de acordo com o último Boletim Focus.
O cenário combina pelo menos três problemas: 1) conflito entre Rússia e Ucrânia, que está gerando aumento no preço das commodities e implicações incertas para a economia mundial; 2) restrições chinesas para conter a covid-19, que impactam a cadeia global de suprimentos e 3) subida de juros pelo Federal Reserve (Fed) para controlar a inflação.
O Federal Reserve elevou a taxa de juros de referência em 0,5 ponto percentual, para um intervalo entre 0,75% e 1,0%.
Nesse cenário, os bancos centrais do Brasil e do mundo enfrentam um dilema. Caso aumentem demais os juros, podem atrapalhar o crescimento das economias. Mas se elevarem pouco os juros, a inflação pode continuar disparando.
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